O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o PS de estar do lado da política de direita, depois de conhecida a disponibilidade dos socialistas para as conversações para um “compromisso de salvação nacional“.
“O PS tem o direito e a liberdade de se juntar com quem quiser, não pode é pedir ao PCP que se junte àqueles que realizaram esta política de direita que tanto mal fez ao nosso povo”, disse o secretário-geral comunista, num almoço convívio em Secarias, no concelho de Arganil.
“Ai o PCP não quer vir connosco, então vamos nós fazer essa negociação. Ao menos tenham a dignidade de assumir que estão mais para lá do que para cá, que estão mais com a política de direita e não é, por acaso, que assinaram o pacto de agressão”, desafiou Jerónimo de Sousa.
O dirigente do PCP criticou ainda os socialistas de “sempre, mas sempre”, preferirem estar aliados “à política de direita, do que com uma política de esquerda, patriótica, ao serviço dos trabalhadores e do povo”.
Na sua intervenção, o líder comunista acusou também o Presidente da República de, “percebendo que ia tudo ao fundo em termos de política de direita”, passar de cúmplice do Governo a “promotor das políticas de direita”.