Eu, deputado – Porta(s) de saída

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RUI DUARTE

Rui Duarte

O dia de ontem marcou o princípio do fim do governo PSD/CDS. Depois da inesperada e tão desejada demissão do Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, o primeiro-ministro ficava sem o “oficial da austeridade” e o país, por escassos momentos, pensou que o “eclesiástico” conselho de ministros de Alcobaça iluminara o governo e num rasgo de lucidez, o único em 2 anos, Pedro Passos Coelho fazia a vontade a Paulo Portas e celebravam os 2 anos de governo com a saída de Gaspar.

Aquilo que por 20 minutos parecia uma jogada de “refresh político” e um “encher o peito de ar” da coligação para os próximos 2 anos, revelou-se afinal no caso fatal para a coligação, deixando Pedro Passos Coelho sem nº 2 e sem nº3 (ou vice-versa). Antes da imperturbável tomada de posse da “Ministra Swap’s”, Paulo Portas explicava, em comunicado, o seu pedido de demissão: “O Primeiro-ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo.”

Já Vítor Gaspar, na carta de demissão que dirigiu com “admiração, lealdade e amizade” ao PM, afirmou 24h antes: “cabe-lhe o fardo da liderança”. Ora, perante estas duas declarações de “atração fatal” dos Ministros de Estado por Pedro Passos Coelho, é seguro dizer: com Ministros de Estado deste calibre quem é que precisa de Primeiro-ministro?!

Diria o povo português: A porta da rua é a serventia da casa, e neste caso foi mesmo assim: “Portas na rua” é a serventia do governo!

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