A crise económica e financeira e a manifesta falta de apoio por parte da Câmara Municipal fazem com que a área da cultura fique um pouco para trás, em Antuzede. No entanto, a Junta de Freguesia procura compensar esta lacuna com a aposta nas tradições e no reforço da identidade cultural.
Para o autarca local, Diamantino Jorge, uma das referências em falta, na freguesia, é uma biblioteca que apoie as crianças em idade escolar e, de uma forma geral, todos os que gostam de ler. Noutras freguesias, como se sabe, a Biblioteca Municipal de Coimbra instalou estruturas anexas, com assinalável êxito, mas, apesar das solicitações da Junta, Antuzede ainda não “conseguiu convencer” os responsáveis da Praça 8 de Maio.
Há, entretanto, uma outra vertente da área cultural que a Junta de Freguesia de Antuzede acarinha: a pesquisa, recolha, identificação e exposição dos ofícios tradicionais locais, nomeadamente, da vida rural do início do século XX. O espaço para este pequeno museu foi encontrado na antiga escola primária de São Facundo, uma das que fechou por falta de alunos.
O museu não está ainda completo mas já é possível ver o resultado do trabalho da autarquia: dezenas e dezenas de objetos cedidos por famílias locais, recriando uma casa rural e as principais culturas dos campos agrícolas em redor, ou seja, o arroz e o milho.
Ver versão completa na edição impressa