A Associação Académica de Coimbra (AAC) e os estudantes senadores com assento no Conselho Geral (CG) da Universidade, que esta tarde se realiza, exigem que a instituição congele o valor das propinas.
Num documento a que a agência Lusa teve acesso, a ser entregue na reunião de hoje aos restantes conselheiros, a AAC sustenta que os estudantes universitários pagam “cada vez mais” para terem direito “a cada vez menos”, aludindo ao aumento de propinas e taxas pagas pelos alunos, mas também à diminuição de bolsas concedidas, na última década.
“Não podemos aceitar este aumento das propinas e consideramos que é altura de, uma vez por todas, a Universidade de Coimbra se colocar ao lado daqueles que estão sempre na linha da frente na defesa da instituição e de se comprometer com o congelamento das propinas cobradas aos seus estudantes”, lê-se no documento assinado por Ricardo Morgado, presidente da Direção-Geral da AAC.
No texto, os estudantes lembram que o CG vai discutir esta tarde o eventual aumento de propinas, recusando que se trate de uma “mera questão de gestão”.
Criticam o que dizem ser a “falta de aposta” na Educação em Portugal, lembrando que as universidades vivem em “permanente asfixia” financeira e que a Universidade de Coimbra, em três anos, sofreu um corte de dotação de 33%.
Por outro lado, alegam que estudar no ensino superior “é, de facto, caro”, aludindo a um estudo que cifra aquele valor nos 5.841 euros anuais por aluno e que revela a “real dificuldade” dos jovens em prosseguirem os seus estudos.
Texto Agência Lusa