A Ordem dos Médicos aprovou os critérios que permitem avançar para uma lei que preveja a doação de órgãos em dadores que tiveram uma paragem cardiorrespiratória, o que poderá ajudar a aumentar o número de transplantes em Portugal.
Um documento oficial da Ordem lembra que o número de órgãos colhidos em doentes em morte cerebral é insuficiente “para as necessidades crescentes de candidatos a transplante”.
A Ordem dos Médicos definiu critérios para ajudar a regular a doação de órgãos, alargando a colheita a dadores de coração parado.
Esta definição tinha sido solicitada à Ordem dos Médicos pela antiga Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação, que já considerava que o número de órgãos disponíveis para transplante poderia aumentar significativamente se fossem colhidos logo após a paragem cardiorrespiratória (PCR).
Em Portugal, vai optar-se por colher órgãos de dadores em coração parado para transplantes em duas situações: vítimas de acidente ou de PCR encontradas mortas no local pela equipa de ressuscitação; e dadores que tiveram morte cardíaca súbita ou que apresentem lesões cerebrais catastróficas seguidas de paragem cardiorrespiratória quando as manobras de ressuscitação não tiveram sucesso.
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