O concelho de Castelo Branco serviu de exemplo, na manhã desta segunda-feira, para o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) denunciar o facto de, no Ministério da Educação, “terem acabado com algumas disciplinas e terem aumentado o número de alunos por turma, porque alteraram os horários letivos dos professores ou porque encerraram escolas“.
A criação de mega-agrupamentos vai deixar no concelho de Castelo Branco mais de 200 professores sem horário, referiu o líder sindical.
Mário Nogueira falava junto à sede do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco, durante uma ação de protesto contra a criação de mega-agrupamentos no distrito e que motivou o encerramento daquele estabelecimento às 08H30 e as 10H00.
“O concurso de professores que vai começar amanhã [terça-feira] tem no concelho de Castelo Branco 144 ‘vagas negativas’ [caso saiam, os docentes não serão substituídos] e zero ‘vagas positivas’”, explicou Mário Nogueira.
O secretário-geral da Fenprof acusou ainda o Ministério da Educação de desrespeitar os dados enviados pelas escolas.
“Por exemplo, na Escola Cidade de Castelo Branco foram declaradas sete vagas positivas e o ministério colocou no quadro zero vagas”.
Mário Nogueira referiu à Lusa que os dados divulgados pelo ministério revelam que há “144 professores a mais no concelho. Mas em caso de mega-agrupamento esse número dispararia para mais de 200 docentes nessa situação”.
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