Sindicato critica “despedimento” de enfermeiros da viatura médica do hospital da Figueira da Foz

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D.R.

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O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) criticou esta quarta-feira a intenção da administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) de despedir quatro enfermeiros da viatura médica de emergência e reanimação (VMER/INEM) ali localizada.

Em comunicado, a direção regional de Coimbra do sindicato alega que a equipa da VMER é constituída por enfermeiros e médicos daquela instituição hospitalar, mas também por profissionais externos, apontando a “recente decisão” do conselho de administração hospitalar “em despedir, desde já”, os enfermeiros externos, atitude que classifica de “discriminatória e sem ética”.

A estrutura sindical frisa que o regulamento da viatura médica, aprovado em fevereiro, “prevê a possibilidade dos profissionais não pertencerem ao HDFF”, situação que se verifica quer com médicos quer com enfermeiros e desde que aquele serviço foi criado há 15 anos.

De acordo com o SEP, a administração notificou os enfermeiros referindo que a celebração dos contratos com aqueles profissionais “foi indeferida” por despacho do secretário de Estado da Saúde.

Ouvido pela Lusa, Adriano Rodrigues, presidente do conselho de administração do HDFF, recusou que exista qualquer discriminação para com os profissionais externos de enfermagem.

“Isso não corresponde à verdade. A VMER do hospital está integrada no serviço de urgência hospitalar e, no protocolo de integração, é dada preferência na constituição das suas equipas a profissionais do mapa de pessoal”, frisou.

Apesar deste dado, questionado sobre se os enfermeiros e médicos externos à instituição – nove, segundo fonte da equipa da VMER – vão ou não deixar de ali exercer funções, Adriano Rodrigues não esclareceu.

“O tempo o dirá. Ainda não foi nenhum despedido”, sustentou.

A equipa da VMER da Figueira da Foz é constituída por 12 enfermeiros (quatro externos) e 19 médicos (nove externos ao HDFF) e, em 15 anos de funcionamento, nunca esteve inoperacional, adiantou a fonte da viatura médica.

A esse propósito, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses alega que a manutenção do funcionamento daquele veículo de emergência “só foi possível com o empenho e profissionalismo de enfermeiros e médicos que a compõem, potenciando a capacidade de socorro de todos os cidadãos, sem nunca terem posto em causa a operacionalidade do meio”.

 

Texto Agência Lusa

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