Tinha 21 anos quando entrou na Forvel, fábrica que ficou famosa pelas de motos que saíam de Cantanhede para o mundo. Francisco Santos, hoje funcionário da Câmara Municipal de Cantanhede, tinha saído há pouco da escola técnica quando surgiu a oportunidade de trabalhar na empresa do concelho onde residia.
E, como agora recorda, trabalhar na Forvel era trabalhar “na empresa”. Vivia-se o ano de 1979 e o jovem Francisco Santos, ainda solteiro, não desperdiçou esta oportunidade de trabalho, onde “recebia seis mil escudos por mês”.
Não foram muitos anos, mas foram os suficientes para “marcar” a vida de Francisco Santos.
Recuemos até 1979, altura em que Francisco foi para a fábrica – “não me recordo exatamente do ano em que foi criada” – e onde partilhava o dia-a-dia com cerca de 100 colegas. O desenhador, que fazia equipa com outros elementos, lembra-se que em 1976 a Forvel “tinha uma produção mensal de 150 unidades de tricarros e nesse mesmo ano iniciou a produção de veículos a duas rodas (VIP2)”.
E tinha, disso Francisco Santos também se recorda, “uma linha de produção e algumas máquinas bastantes evoluídas para a época”, por isso, não se estranha a evolução que teve. Aliás, em 1980 surgiu um modelo “125 cc com motor japonês Hodaka, monocilíndrico, dois tempos e cinco velocidades que atingia cerca de 120 quilómetros por hora”.
Notícia completa na edição impressa