Casa onde viveu Jaime Cortesão ao abandono

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A recuperação de uma das duas casas onde Jaime Cortesão viveu em São João do Campo, no Largo da Cruz, poderia funcionar como alavanca para a requalificação de todo aquele perímetro urbano e até a afirmação de uma nova centralidade da vila, considera o executivo da junta de freguesia.

Embora nunca tenha sido a moradia permanente do conhecido antifascista – licenciado em Medicina, mas que se destacou como escritor e político – o imóvel passou a ser uma referência arquitetónica na região associado à cultura, tendo sido equacionada, por diversas vezes, a possibilidade de funcionar como sede de uma entidade com vocação cultural, ou edifício de serviços públicos.

Na realidade, há um século atrás, Jaime Cortesão só pisou pela primeira vez o soalho desta casa depois de casar, uma vez que o imóvel era da família da mulher. Todavia, o facto de também aqui ter vivido uma das suas filhas, Maria Judith Zuzarte Cortesão – mulher da cultura, universalista e defensora de causas como a defesa do ambiente – conferiu ao edifício um significado especial que se foi perdendo após ter ficado desabitado, tendo vindo a degradar-se ao longo das três últimas décadas, após Maria Judith se ter radicado definitivamente em Lisboa. Já em 1984, aquando das celebrações do centenário do nascimento de seu pai e 24 anos depois da morte, foram sugeridas várias alternativas para o imóvel que, entretanto, passou para a posse dos filhos de Maria Judith, após a sua morte, já com mais de 100 anos de idade.

 

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