A Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI) prevê que a produção deste ano registe uma quebra entre 50 e os 70 por cento em relação ao ano passado.
Os números são avançados pelo presidente da associação, João Pereira, salientando que “a quebra é muito acentuada e ultrapassa nalgumas zonas os 70 por cento”.
Os olivais de sequeiro, que são predominantes na região, são os mais afetados pela queda da produção, devido à seca e ao ataque de pragas como a mosca, que leva ao apodrecimento do fruto quando ainda está nas árvores.
Embora conte com os regadios de Idanha-a-Nova e da Cova da Beira, a Beira Interior “é a região que tem menos taxa de olival irrigado quando comparada com as restantes zonas do país”, explicou o presidente da APABI.
A Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior é uma organização de produtores de azeite com cerca de meia centena de lagares, que representam sete mil olivicultores.
A sua área de influência corresponde ao distrito de Castelo Branco, incluindo os concelhos de Mação e Guarda.
Nos últimos anos, a região tem produzido cinco mil toneladas de azeite por campanha, um valor que ficará muito além da produção de 2012.