A Animal, associação de defesa dos direitos dos animais, anunciou em comunicado que está a estudar formas legais de impedir o abate de bovinos que vagueiam sem controlo em Segura, Idanha-a-Nova.
Fonte autárquica referiu hoje à agência Lusa que a GNR começou a disparar sobre os animais na quinta-feira, no seguimento de um edital da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
O organismo prevê a eliminação de cerca de 250 animais bravos que já atacaram pessoas e bens e nos quais já foi detetada BSE (doença das vacas loucas) e tuberculose.
Em comunicado, a presidente da Animal, Rita Silva, classifica a operação como “um massacre”.
Segundo a dirigente, “estão a ser estudadas todas as possibilidades legais” de travar a ação.
Rita Silva refere que, de acordo com testemunhas oculares, estão a ser abatidas “vacas grávidas” e “outras acabadas de dar à luz, mortas com os recém-nascidos junto a si”.
“Esta situação tem que ser travada, um Estado não pode promover um massacre destes”, defende.
O abate dos animais acontece depois de, em setembro, ter sido encontrado morto um pastor com sinais de ter sido atacado por touros e de no início de outubro um caçador ter sido ferido com gravidade depois da investida de um dos animais que entrou numa zona de caça.
A DGAV estima que as cabeças de gado ocupem “centenas de hectares”.
(Texto: Agência Lusa)
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