Polémica sobre reorganização administrativa suspende AM da Figueira da Foz

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A reunião extraordinária da Assembleia Municipal da Figueira da Foz foi hoje suspensa, no ponto sobre a reorganização administrativa, e continua sexta-feira depois de mais de quatro horas de discussão e de duas propostas chumbadas.

Na reunião, uma primeira proposta do Partido Socialista (PS), que preconizava a manutenção das 18 freguesias do concelho da Figueira da Foz, foi chumbada com 24 votos contra do PSD, movimento Figueira 100 por Cento e dois presidentes de junta independentes, e os votos favoráveis do PS, Bloco de Esquerda (BE) e CDU.

Na proposta, o PS manifestava-se “indisponível para acatar uma reforma que não respeite as pessoas”, lembrando que “todas” as 18 assembleias de freguesia da Figueira da Foz “deliberaram pela não agregação ou fusão”, disse o líder de bancada Nuno Biscaia.

“Não admitimos a agregação, extinção ou fusão de qualquer das freguesias do concelho da Figueira da Foz”, frisou.

Uma segunda proposta, bastante similar, apresentada pelo único deputado municipal do Bloco de Esquerda (BE), João Paulo Tomé, foi também chumbada, com votação idêntica à do PS.

Já depois de o presidente da Assembleia Municipal, Vítor Pais, eleito pelo PSD, ter, primeiro, afirmado que o ponto em questão estaria encerrado depois das declarações de voto das propostas, perante a contestação da bancada social-democrata, a discussão sobre o ponto continuou, tendo sido apresentado uma proposta conjunta do PSD e movimento Figueira 100 por Cento para a suspensão dos trabalhos.

Lídio Lopes, do PSD, justificou-a para ultrapassar “um impasse” na assembleia, convidando “todos os presidentes de junta e deputados municipais a apurarem uma proposta, uma visão de conjunto” para enviar ao Governo, o que terá de ser feito até sexta-feira, data da nova reunião.

Desta vez foi o PS a votar contra a suspensão, mas esta acabou por ser aprovada.

O ponto da reorganização administrativa durou até cerca das 20H00, quase quatro horas e meia depois do início da Assembleia Municipal, e foi seguido por várias dezenas de pessoas, muitas em pé no salão nobre da autarquia e no exterior da sala, algumas das quais, no final, manifestaram o seu descontentamento pela decisão de suspender os trabalhos.

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