As escolas deviam autonomia para decidir ajudar as famílias que ficam subitamente sem rendimentos suficientes para manter os filhos a estudar, defende a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). A proposta vai ser apresentada no parlamento, explicou hoje o presidente da Confap, Albino Almeida, alertando para os inúmeros casos de famílias que estão a viver situações dramáticas, mas não têm direito a Apoio Social Escolar (ASE) devido ao seu rendimento bruto.
Albino Almeida deu exemplos de quem tem salários penhorados ou outras dívidas que consomem a maior parte do orçamento familiar.
O presidente da confederação de pais relatou a história de uma família que tem um rendimento mensal de 973 euros e estão “à beira da insolvência”: “Eles estão no escalão três do abono de família, ou seja recebem mensalmente 26,50 euros. Ora, a filha deste casal, que é uma aluna de mérito, não tem direito a apoio social escolar. A família está sobreendividada, não consegue comprar os manuais escolares e está a ter muitas dificuldades em manter a filha na escola”.