Governo está empenhado no desenvolvimento e expansão da transplantação

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O secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, manifestou na quinta-feira, em Coimbra, o empenho do Governo na manutenção e desenvolvimento de programas de transplantação em Portugal.

“O setor público, o Ministério da Saúde, o Serviço Nacional de Saúde [SNS], está completamente empenhado na manutenção e desenvolvimento, na expansão de programas de transplantação em Portugal”, frisou.

Ao intervir na sessão inaugural do XI Congresso Luso-Brasileiro de Transplantação, que decorre até sábado, o membro do Governo disse também que a transplantação é “uma necessidade vital” em Portugal.

Segundo o governante, “em Portugal, tal como noutros países, tem-se verificado uma redução na colheita de órgãos”, que atribuiu a fatores como a diminuição da mortalidade por desastres e acidentes vasculares cerebrais e o aumento da longevidade, entre outros.

De acordo com Leal da Costa, até agosto passado tinham sido colhidos 182 órgãos em cadáveres para transplante, menos 90 do que no mesmo período de 2011.

“Temos de otimizar ao máximo a colheita de cadáver em todos os hospitais, não só nos hospitais que fazem transplantação, mas também nos hospitais distritais. Esses potenciais dadores não podem ser perdidos”, defendeu, em declarações aos jornalistas à margem da sessão, o presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), Fernando Macário.

Embora com caráter suplementar, o médico defendeu também a importância do apoio à transplantação renal a partir de dador vivo

“Quando se tira um doente da diálise e se transplanta, isso vai ficar muito mais barato ao Estado do que mantê-lo em diálise durante vários anos, além da qualidade de vida que lhe confere”, sublinhou.

Na sessão, o presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação, Hélder Trindade, disse que vai ser dada prioridade a algumas áreas, uma delas a colheita, estando agendadas reuniões com os gabinetes de coordenação e os coordenadores hospitalares, para “que se tente conseguir as melhores práticas e se consiga aumentar, na medida do possível, a colheita de órgãos”.

Na sua intervenção, o membro do Governo realçou também que assegurar a sustentabilidade do SNS “é um desígnio fundamental” e que se está no “bom caminho” para alcançar esse objetivo.

Esta sustentabilidade “não está assegurada, por força de circunstâncias económicas e financeiras não exclusivas de Portugal”, adiantou.

“Para que ela seja possível, é necessário de todos nós, e também daqueles que se dedicam à atividade da transplantação, um esforço redobrado para podermos aumentar a eficiência e a segurança de tudo o que estamos fazer”, frisou.

Segundo Fernando Leal da Costa, “o ajustamento orçamental obriga a sacrifícios de todos, de magnitude que porventura muitos não imaginavam”.

Ao intervir na sessão, o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, José Medina, disse ser “difícil compreender” que no seu país tenha sido aprovado recentemente um pacote de medidas de estímulo ao consumo e na Europa estejam a ser aplicadas fórmulas para o travar.

 

(Texto: Agência Lusa)

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