Escola Secundária D. Maria faz pleno nas entradas no ensino superior

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Todos os alunos do 12.º ano, da Infanta D. Maria, em Coimbra, que se candidataram este ano à universidade, entraram no ensino superior, disse à Lusa o diretor da escola.

A Infanta D. Maria é a escola pública do país, com melhor média no secundário.

“Este ano, entre a primeira e a segunda opção [de escolha do curso] de acesso ao ensino superior, entraram 83 por cento. Todos os nossos alunos que se candidataram ao ensino superior entraram, e a esmagadora maioria entrou na primeira ou na segunda opção”, frisou Ernesto Paiva.

Segundo o “ranking” de escolas secundárias, elaborado pela agência Lusa, que analisa 491 estabelecimentos de ensino com mais de 100 alunos a fazer exame e disciplinas, com mais de mil provas realizadas, a escola Infanta D. Maria obteve uma média de 12,5 valores, ficando classificada em 21.º lugar a nível nacional, a primeira do ensino público.

Ernesto Paiva sublinhou que “não há” um segredo para o primeiro lugar no “ranking”, antes que a escola “tem o privilégio” de possuir “excelentes alunos” que, ao optarem pela Infanta D. Maria, “já sabem que vêm para trabalhar, que vêm para obter os tais resultados que lhes permita chegar ao ensino superior”.

Por outro lado, afiançou o diretor, o estabelecimento de ensino possui “uma dinâmica e uma cultura de escola”, na qual se integram “muitos profissionais dedicados e preocupados” com a formação científica dos seus alunos.

Na disciplina de Matemática do 12.º ano a escola Infanta D. Maria foi das melhores a nível nacional, atingindo uma média de 12,7 valores, traduzindo resultados que, segundo a professora Margarida Figueiredo, se devem ao “amor à profissão” dos docentes e à “motivação” que estes conseguem incutir nos alunos.

“Uma das coisas em que temos apostado muito é no apoio, inclusivamente individualizado. Há alunos, até provenientes de zonas muito diferentes. Sentimos que alguns trazem uma falta de pré-requisitos bastante profunda”, sustentou.

Nas aulas de apoio individualizado, os professores tentam colmatar alguma falta de bases dos estudantes na disciplina.

“A Matemática é uma construção que se faz, partindo de alicerces muito sedimentados. E se eles não estiverem, o castelo vem abaixo”, ilustrou.

Margarida Figueiredo disse ainda que as turmas de Matemática do 12.º ano são procuradas por alunos que “estão pela primeira vez” na Infanta D. Maria, alguns provenientes de outras escolas do Coimbra, de outros concelhos do distrito e até de distritos mais longínquos.

“Tenho gente que vem de Penela, tenho de Condeixa, de Miranda do Corvo, da Lousã. Não só de várias escolas de Coimbra, que não foram nossos alunos até este momento, como também alunos que vêm mesmo de fora”, frisou.

A professora chegou a ter alunos que frequentaram uma escola do distrito da Guarda mas que, no 12.º ano, quiseram mudar para a Infanta D. Maria.

“Eles acham que há aqui algum segredo para conseguir o que têm medo de não conseguir noutros sítios. O que eu acho que poderiam conseguir, porque também há professores bons em todo o lado”, declarou.

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