Diário de Santa Clara – (In)segurança preocupa residentes

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Assaltos e tráfico de droga estão, em regra, ligados. Em Santa Clara também se sabe que assim é. São, na quase totalidade, pessoas referenciadas pelas autoridades.

É o caso, nomeadamente, de um grupo de jovens que vivia na freguesia mas que passou a atuar na vizinha freguesia de S. Martinho do Bispo. É também o caso de um outro grupo de rapazes, mais virados para atos de vandalismo, oriundos de famílias carenciadas que até recebem apoio da junta de freguesia.

Já houve alguns assaltos na zona do planalto. O último aconteceu justamente na sexta-feira, com um cidadão a ver o vidro do carro partido e a carteira furtada, na rotunda do Centro de Saúde.

José Simão considera que “não são casos muito significativos”. Os casos mais conhecidos são os que envolvem jovens, a maioria menores. “Há dois ou três miúdos que atacam outros que passam na estrada entre o Forum e o centro de Saúde, levam-lhes o telemóvel e alguns trocos, mas nunca houve feridos nem nada de maior”, admite o presidente da Junta de Freguesia.

Ultimamente, surgiram mais problemas relatados, nomeadamente, roubos a cidadãos, na rua – há pouco tempo, uma mulher foi assaltada, junto ao cemitério, tendo ficado sem um saco onde até nem tinha valores, mas com o esticão caiu e feriu-se nas pernas. Há também registo de burlas a idosos.

Há nota, também, de muitos furtos em viaturas, nalguns casos, mesmo, dentro de garagens de prédios. Ainda no campo dos assaltos, há os chamados “de raide”, ou seja, os que acontecem numa só noite e envolvem “visitas” a sucessivos estabelecimentos (quiosques, cafés, bomba de gasolina…).

Casos crónicos

Por fim, há os casos crónicos, talvez por deficiente segurança. José Simão cita, por exemplo, o que acontece na sede da Sociedade de Recreio Alma Lusitana, onde sempre que a direção instala uma televisão nova esta rapidamente desaparece…

Em Santa Clara, como se sabe, não há posto de polícia, mas a colaboração da PSP com a junta de freguesia tem sido regular. “Não tenho nada que dizer, pois tudo quanto peço tenho tido”, refere José Simão, dando como exemplo o reforço das rondas em algumas zonas mais sensíveis, que a patrulha policial passou a fazer. E, em termos laros, o presidente da junta desdramatiza, acentuando que “não é um cenário muito grave, comparado com o que se lê nos jornais, sobre o outro lado da cidade”.

Nem a sede da junta escapa

Quem também não escapa aos larápios é a própria sede da Junta de Freguesia, que foi alvo de uma meia dúzia de assaltos, nos últimos anos.

Em diferentes situações, desapareceram uma televisão, cerca de mil euros em dinheiro, outra vez dois cofres portáteis, que estavam distribuídos às funcionárias, e também de um conjunto de cheques pré-datados, emitidos por feirantes da feira Popular. Neste caso, foi possível recuperar a totalidade.

Num outro caso, foram roubadas duas botijas de gás, uma cheia e outra vazia e José Simão está convencido que o objetivo era usá-las em rebentamentos de multibancos. No último assalto à junta, o vidro da única janela que não está gradeada foi partido, mas o alarme tocou e os ladrões fugiram sem levar nada.

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