Começou o Festival Literário de Castelo Branco

Posted by
Spread the love

Afonso Cruz, Teolinda Gersão, Mário Zambujal, David Machado e Ana Maria Magalhães são alguns dos 25 autores que participam na primeira edição do Festival Literário de Castelo Branco, organizado pela Câmara Municipal.

Ao longo de três dias, escritores, ilustradores e cenógrafos vão visitar as escolas do concelho e protagonizar debates noturnos abertos ao público, contando o certame também com uma feira do livro, onde os interessados poderão comprar as obras dos autores presentes, e com a realização de vários concertos.

Entre os ilustradores presentes, André Letria, Danuta Wojciechowska e Yara Kono são alguns dos oradores das sessões que contarão igualmente com a participação do cenógrafo José Manuel Castanheira e dos escritores Júlio Magalhães, Luís Miguel Rocha e Alberto S. Santos.

O destaque deste festival, que tem como objetivo “preencher uma lacuna na região”, onde existe falta de acontecimentos literários, é criar novos leitores, aproximando-os dos autores, razão pela qual cada agrupamento de escolas do concelho vai receber duas sessões – subordinadas ao tema “Escrever é bom? e ler?” – com três autores cada, que conversarão, no total, “com mais de 1.500 crianças”, disse à Lusa o comissário do certame, José Pires.

Hoje, pelas 21:30, caberá ao presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, a abertura oficial do festival, seguindo-se o primeiro debate dos três agendados para esta primeira edição.

O tema, “A crise é uma oportunidade literária”, será abordado por André Letria, David Machado, José Manuel Castanheira e Luís Miguel Rocha, que, numa sessão com moderação da professora Maria da Natividade Lopes, darão a sua opinião sobre se “as grandes ruturas sociais garantem bom material literário ou se são os pequenos dramas quotidianos que fazem a grande literatura”.

Na quinta-feira, à mesma hora e no mesmo local, será a vez de Júlio Magalhães, Adélia Carvalho e Manuel Lopes Marcelo debaterem os efeitos das assimetrias regionais na literatura portuguesa, debruçando-se sobre o tema “O interior mal cabe nesta literatura tão litoral”.

O moderador Joaquim Martins lançará o tema, interrogando os autores participantes sobre se “uma literatura urbana e de classe média não vê mais do que o pitoresco no interior”, se “a literatura portuguesa confunde muito ruralidade com interioridade” e se “há alguma Scut capaz de romper tal esquecimento”.

No terceiro e último dia do festival, sexta-feira, às 21:00, no Cine-Teatro Avenida, decorrerá o último debate, em que os escritores Mário Zambujal, Afonso Cruz, Teolinda Gersão e Isabel Stilwell se debruçarão sobre o tema “Uma literatura politicamente correta”.

Sob a moderação de Fernando Paulouro, os autores tratarão de responder às perguntas “Terá Portugal uma literatura incapaz de partir para o confronto?, O fantasma do neorrealismo tolhe os movimentos da caneta?” e “Num país tão pequeno, a liberdade individual também é mais pequena?”.

Segue-se a sessão de encerramento da primeira edição do certame, que contará com a presença do presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão.

(Artigo da Agência Lusa)

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.