Teatro de Shakespeare regressa ao castelo de Montemor-o-Velho

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Depois das apresentações de agosto, com enorme afluência de público, a trupe de atores d’O Teatrão desloca-se novamente ao castelo de Montemor-o-Velho para fazer cenas das principais peças de Shakespeare. E tal sucesso obteve o projeto dirigido por Deolindo Pessoa que, neste momento, as sessões de setembro já se encontram esgotadas.

Recorde-se que “Shakespeare no castelo”, espetáculo de teatro de rua destinado a um público a partir dos seis anos, está de regresso entre amanhã e domingo ao castelo de Montemor-o-Velho, com o início do percurso marcado, sempre, para as 21H00.

Uma trupe de atores cuja origem remonta ao tempo em que aquela terra do Baixo Mondego era moura e medieval reúne-se às portas do castelo de Montemor-o-Velho para oferecer aos senhores e aos populares uma mostra das suas capacidades. Pilharam as obras completas de um autor estrangeiro e pretendem com isso ganhar o suficiente para garantir a próxima refeição ou, pelo menos, um pouco de fama. Como lhes faltam atores, atraem os amadores locais, a quem vão ter de explicar todo o Shakespeare em menos de 10 minutos, o tempo que falta para começar a apresentação.

De modo a seduzir o público, começam com as personagens de “Sonho de uma noite de verão”, todas perdidas de amores umas pelas outras. Já com o público dentro do castelo, jogam pelo seguro. Metade do público será assustada e comovida, esperam, com as cenas trágicas das peças “Macbeth”, “Romeu e Julieta”, “Rei Lear”, “Otelo” e “Hamlet”. A outra metade rir-se-á das patifarias de Falstaff e dos jogos de amor e desamor de “As alegres comadres de Windsor”, “Muito barulho por nada”, “O amansar da fera” e “Como quiserem”.

As mulheres da trupe, Preta Pires, Branca e Manteigas, levam os espetadores pelas veredas das tragédias. Os homens, Pero Coimbrão, Coimbrinha e Tagana, conduzem-nos pelos maus caminhos das comédias. Aparentemente, tudo é ilusão e divertimento. Mas a trupe vai ficando mais séria à medida que se aproximam as duas peças histórias escolhidas para encerrar esta viagem pelo castelo com Shakespeare: “Henrique IV” (primeira parte) e “Ricardo III”. As ilusões do poder e da vaidade desfazem-se e os atores ficam cara a cara com as máscaras que foram usando.

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