Dois homens, de 45 e 31 anos, madeireiros, foram constituídos arguidos por serem suspeitos da autoria do incêndio florestal que deflagrou na última quinta-feira, dia 6 de setembro, em Coja, no concelho de Arganil.
A Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria do Centro, esclareceu ontem, em comunicado, que os dois homens são suspeitos da “prática de um crime de incêndio florestal negligente”. Os suspeitos estão indiciados de, na quinta-feira, cerca das 12H30, “terem provocado um incêndio de grandes proporções, quando se dedicavam ao corte de madeira, e sem que tivessem tomado os cuidados necessários em função do local, da temperatura e da humidade, com origem no manuseamento de uma motosserra”.
Cortavam madeira com motosserra
O patrão (31 anos) e o empregado (45 anos) cortavam madeira com uma motosserra e, segundo disse ao DIÁRIO AS BEIRAS fonte da PJ de Coimbra, “e o incêndio teve aí origem”. Segundo a mesma fonte, os dois suspeitos “não tiveram o cuidado necessário” o que, posteriormente, se revelou desastroso, dadas as proporções que o incêndio atingiu.
Foram constituídos arguidos ontem de manhã. Não foram detidos porque as autoridades entenderam que atuaram num quadro de negligência. O que está em causa neste crime – punível com uma pena que poderá atingir cinco anos – é a ponderação do grau da culpa dos dois homens.
Mais de 450 bombeiros no combate às chamas
Tal como o DIÁRIO AS BEIRAS noticiou na edição de 7 de setembro, o fogo em floresta, que se iniciou às 12H49 nas localidades de Salgueiral/Coja, chegou a ser combatido por mais de 450 bombeiros.
Ao final deste dia, as populações das localidades de Vale do Carro e de Esculca (cerca de 80 habitantes), foram retiradas das suas habitações devido ao incêndio florestal. Ainda neste dia, três bombeiros ficaram feridos: um devido à queda de um pinheiro e os outros dois por inalação de fumo.
Em Meda, vários animais foram mortos pelas chamas, e durante várias horas viveram-se situações de aflição, com as populações a fazerem tudo o que estava ao seu alcance para protegerem os seus bens.
Na sequência do incêndio ardeu uma área de mais de 800 hectares povoada de pinheiros, eucaliptos e carvalhos.
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