Julgamento dos alegados membros da “máfia do Oeste” foi de novo adiado

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A sessão de hoje do julgamento de alegados membros da denominada ‘máfia do Oeste‘, no Tribunal de Leiria, foi adiada, devido à falta do advogado do arguido que iria prestar declarações.

“Após verificado o atraso inicial do advogado João Martins Leitão, fomos informados de que terá sofrido um acidente, pelo que foi obrigado a regressar a Lisboa”, justificou a juíza presidente.

João Martins Leitão é o representante do arguido que iria hoje prestar declarações, pelo que o suspeito foi questionado pela juíza se aceitaria ser representado por um jurista oficioso.

Perante a recusa do arguido, a juíza adiou a sessão para o próximo dia 04 de outubro, alertando, no entanto, que esta foi uma “situação excecional”, mas não irá tolerar frequentes imprevistos.

Em julgamento estão quatro italianos e três portugueses detidos numa operação da Polícia Judiciária a 21 de outubro de 2010, na zona de Bombarral e Torres Vedras, acusados dos crimes de associação criminosa e burlas qualificadas, que terão lesado 20 empresas em 1,5 milhões de euros.

Segundo o Ministério Público (MP) de Leiria, o líder do grupo é um italiano que possui um mandado de detenção europeu por supostas ligações à máfia siciliana e sobre o qual recaem as mesmas acusações imputadas aos restantes arguidos: burla qualificada, falsificação de documentos, associação criminosa, recetação e abuso de confiança.

O esquema montado passava por obter mercadoria a crédito junto de outras empresas europeias que nunca chegariam a receber o dinheiro, segundo a acusação do MP.

Já em Portugal, os produtos eram escoados, no mínimo, a 30 por cento abaixo do valor de mercado, através de uma empresa sediada em Torres Novas, que é também arguida neste processo.

A acusação sustenta que a maioria das burlas foi alegadamente cometida junto de empresas da Noruega, Grã-Bretanha, Dinamarca, Espanha e França, causando um prejuízo de 1.363.522,57 euros, já que a mercadoria nunca chegou a ser paga.

O restante valor diz respeito a alegadas burlas a firmas portuguesas.

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