Alunos de São Tomé a estudar no politécnico da Guarda sem ajuda

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Vários alunos de São Tomé e Príncipe que estudam em escolas profissionais da região centro e no Instituto Politécnico da Guarda estão a passar por dificuldades económicas, denunciou a associação que os representa.

“Temos muitos alunos, principalmente na região da Guarda e da Beira Interior a passarem dificuldades em alimentação, alojamento e propinas”, disse à agência Lusa Felisberto Tertuliano da Costa, presidente da direcção da AEPALOPG – Associação de Estudantes dos Países Africanos da Língua Oficial Portuguesa da Guarda.

O responsável adiantou que a situação, que considera “preocupante”, acontece por os alunos não terem “bolsa de estudo do país de origem”, situação que já foi relatada, por escrito, ao ministro da Educação e Cultura de São Tomé e Príncipe.

“Eu percebo-vos em não querer ter mais gastos, por causa da situação económica e financeira do país, mas o vosso corte radical na educação, não terá justificações”, lê-se na missiva.

Segundo Felisberto Tertuliano da Costa, mais de 160 alunos são-tomenses estudam em escolas do ensino profissional do Centro e sete no IPG e “nem um, sequer, tem bolsa de estudo” do seu país. Os alunos estão a passar por dificuldades económicas e o dirigente diz ter conhecimento de casos relacionados com “problemas de fome” e “complicações” com o alojamento.

“O atual momento é de crise e há escolas que não têm fundo de maneio para sustentar os alunos. Alguns têm posses e outros não. Pelo menos um jovem já me disse, a chorar, que ia deixar de estudar por não ter posses para tal”, relatou.

No caso da alimentação, os estudantes estão a recorrer à Caritas e a outras instituições particulares de solidariedade social dos concelhos onde estudam. “Muitas vezes, os alunos também recorrem a outros alunos, aos ditos ‘padrinhos’, para não perderem o ano letivo e concretizarem os sonhos que traçaram”, acrescentou.

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