Por proposta do PSD, foi criada uma “comissão de inquérito” para esclarecer as acusações e insinuações que a antiga tesoureira da Junta de S. Julião, Isabel Tavares, dirigiu à liderança do executivo. De que serviu, se ela se recusou a falar?
Isabel Tavares tinha combinado comigo ir à comissão. Disse-me que não ia à junta de S. Julião e eu disponibilizei a Assembleia Figueirense. Penso que não agiu bem ao não ter comparecido. Podia ter esclarecido ali tudo.
O PSD sugeriu ainda que Góis Moço solicitasse a intervenção do Ministério Público, o que não aconteceu. Que leitura faz dessa decisão?
Uma vez que o presidente da junta se mostrou muito agastado com a situação, devia ter levado o assunto ao Ministério Público, até para limpar a imagem dele, porque quem não deve não teme. Não digo que ele tema alguma coisa, mas dá-me a impressão que se sente intranquilo.
O acordo entre o PSD e o PS viabilizou a constituição de um executivo cuja legalidade continua a ser posta em causa. O seu partido não se desconfortável?
O meu partido entendeu que quem ganha deve governar, quer o executivo esteja legal ou ilegal. Ainda hoje tenho dúvidas se aquilo é legal ou ilegal.
No entanto, mantém-se na presidência da assembleia de freguesia…
Continuo a exercer o cargo desempenhando-o da melhor maneira possível e ajudando o executivo, a bem da comunidade.
A junta de S. Julião tem feito um bom trabalho?
Na parte social, tem feito qualquer coisa. No resto, penso que tem estado adormecida.
Concorda com a regeneração urbana?
Orgulho-me que haja obras, na medida em que dão emprego. E vão ser boas para a população.
A Assembleia Figueirense é a associação da elite local?
Até 1974, era um bocado restrita a uma população com mais peso na cidade. Hoje, tanto o carpinteiro como o médico podem ser sócios.
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra em www.asbeiras.pt e no programa “Clube Privado” da Foz do Mondego Rádio (99.1FM), às 19H00 de hoje e de amanhã e às 22H00 de domingo.
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