A Escola Universitária Vasco da Gama (EUVG) revelou ontem que não vai receber novos alunos de arquitetura, e está a ajudar à transferência daqueles que não possam concluir o curso dentro de dois anos.
Luís Vilar, presidente da entidade titular do estabelecimento, disse à agência Lusa que esse é o procedimento adequado em face da não acreditação do curso pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).
Ontem, vários estudantes reuniram-se com a direção da EUVG, e decidiram estabelecer um prazo até final da próxima semana para que lhes apresentem soluções para o problema, pois “não foram os alunos que o criaram”.
A decisão da A3ES permite a manutenção do ciclo de estudos por mais dois anos, que poderão ser aproveitados para os alunos mais avançados concluírem o curso.
“É uma decisão da tutela, e queremos facilitar a vida aos alunos”, declarou Luís Vilar, frisando que foram informados “um a um” desta situação, e consultados sobre a instituição preferida para continuar os estudos.
Referiu que ele próprio estabeleceu contactos com várias instituições, de Lisboa, Coimbra e Viseu, para ajudar a encontrar soluções de transferência, em particular para os do primeiro, segundo e terceiro anos de arquitetura.
“Não lhes podemos impor as equivalências”, dado o regime de autonomia, frisou, acrescentando que essas instituições potenciais acolhedoras dos alunos já receberam os programas e os planos de estudos da Vasco da Gama.
Luís Vilar referiu que o curso de arquitetura é frequentado por 51 alunos, “dez ou quinze” daqueles nos últimos dois anos, mas considera ainda prematuro avaliar quais os que terão possibilidades de aí concluir a licenciatura, dado haver ainda exames em setembro.
No relatório final que levou à não acreditação pela A3ES, publicado a 06 de julho, estão a falta de um corpo docente próprio (apenas nove dos 37 professores estão em regime integral) e o “número insustentável” de alunos – “um inscrito por ano em 2008/09, 2009/10, 2010/11, e quatro em 2011/12”.
Também “as atividades de investigação são muito frágeis, e apenas em 2012 foi criado um centro de investigação”, acrescenta.
Com o encerramento da arquitetura, a EUVG fica apenas com o curso de Medicina Veterinária.
One Comment