Daqui a dois dias é discutida no Parlamento a Moção de Censura ao Governo apresentada pelo PCP. Passado um ano de Governo e de aplicação do Pacto de Agressão da Troika, subscrito por PS, PSD e CDS, a situação nacional é desastrosa: o grande capital e os seus grupos monopolistas esfregam as mãos de contentes e a vida da esmagadora maioria dos portugueses é já um inferno.
Portugal vive uma situação de destruição económica e desastre social, cria menos riqueza e distribui-a de forma ainda mais desigual. A regressão económica e social e a amputação da soberania aplicada pelo Governo PSD/CDS estão a destruir o país, tudo agravando e nada resolvendo.
A recessão económica cada vez mais profunda, a destruição de vastos sectores de atividade, a asfixia das micro, pequenas e médias empresas, a destruição do poder de compra das famílias, fragilizam cada vez mais a nossa economia e tornam-na mais dependente.
A recessão económica agrava brutalmente o desemprego: mais de 1 milhão e 200 mil desempregados, dos quais apenas 300 mil recebem subsídio de desemprego. O custo de vida aumenta cada dia que passa, as despesas com bens de primeira necessidade (água, eletricidade, gás, alimentação, transportes) não param de aumentar.
Esta situação atira para a pobreza extrema milhares de pessoas. Não há política de caridade que consiga disfarçar ou resolver o problema do empobrecimento de vastas camadas da população. Este Governo não distribui riqueza, distribui pobreza.
Mas este Pacto de Agressão é também um profundo ataque aos direitos dos trabalhadores e da população. Ataque aos direitos laborais, facilitando e embaratecendo os despedimentos, impondo o trabalho forçado, baixando os salários, generalizando a precariedade, e atacando a contratação coletiva e o papel dos sindicatos. Ataque às funções sociais do Estado: na educação, na saúde, na segurança social, na cultura.
Para inverter este rumo de declínio nacional, e quebrar o ciclo vicioso de austeridade, empobrecimento e endividamento, o PCP apresentou esta Moção de Censura ao Governo. O país precisa urgentemente de uma política patriótica e de esquerda!