Opinião – Em defesa dos Bombeiros Voluntários de Coimbra

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João Silva

Os Bombeiros Voluntários de Coimbra enfrentam, como repetidamente tenho vindo a dizer, dois problemas: dificuldades de sustentabilidade financeira e carência de instalações adequadas à sua natureza e missão.

Assim, quando há cerca de dezoito meses assumi as funções de presidente da direcção comecei, com sentido de urgência, a trabalhar para resolver esses problemas. Com a experiência de mais de trinta anos de gestor e de autarca e de alguém que gosta muito de Coimbra, assumi, num forte empenhamento pessoal, um conjunto de iniciativas tendentes a responder de uma forma gradual e consistente aos problemas identificados.

Infelizmente não consegui os resultados que esperava. Não consegui uma resposta à altura, nem convincente, por parte dos cidadãos de Coimbra, de compreensão e reconhecimento pela importância dos Bombeiros Voluntários de Coimbra.

Por outro lado, se foi possível encontrar uma solução consensual – técnica e política – para a renovação e modernização das instalações, a verdade é que não consegui até ao momento os meios indispensáveis para desenvolver os projectos necessários a consubstanciar essa solução.

Durante estes dezoito meses sempre coloquei em primeiro lugar os desafios de ajuda à cidade e ao Município, aos cidadãos e às empresas e instituições de Coimbra, e só depois à Câmara. Contudo no reconhecimento de que só com o auxilio da Câmara – entidade responsável pela Protecção Civil a nível do Município – é possível resolver as dificuldades existentes apresentei, em Fevereiro do corrente ano, os documentos de que anexo cópia para conhecimento de todos os sócios.

Até ao momento não houve resposta e, hoje, sinto-me na necessidade de equacionar com realismo e objectividade o que fazer. Não é meu timbre baixar os braços mas também não estou disponível para uma gestão corrente de mera pedinchisse sem horizontes nem perspectivas de futuro.

Não foi para isso que me propus assumir estas funções! Caros sócios e amigos, Há decisões inadiáveis a tomar relativamente à existência e ao futuro desta Associação Humanitária e do seu Corpo de Bombeiros. Por mim estou num tempo de reflexão sobre o verdadeiro interesse da minha acção enquanto presidente da sua Direcção. Tudo o que me motiva é a defesa desta instituição e o seu futuro. Quero perceber se esse futuro passa efectivamente pela minha colaboração ou se haverá outra solução melhor.

Sinto que devo esta palavra aos sócios porque eles são o verdadeiro suporte da instituição e por isso tenho a obrigação de lhes transmitir os sucessos, as dificuldades e também as dúvidas que legitimamente me assaltam relativamente à instituição que apoiam e generosamente ajudam.

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