O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou o primeiro-ministro de ficar de “braços cruzados” perante o aumento do número de desempregados e questionou porque não aceita a proposta para criação de emprego e crescimento económico.
Ao falar na sessão de encerramento da Convenção Autárquica Distrital do PS/Viseu, em Santa Comba Dão, Seguro lamentou ter ouvido hoje o primeiro-ministro dizer, “de uma forma completamente insensível, que o país tinha que se preparar para níveis de desemprego como nunca tinha conhecido na sua história”.
“Ainda mais senhor primeiro-ministro? Ainda mais desemprego? E o senhor fica de braços cruzados sem fazer nada, dizendo que é a realidade que se impõe?”, questionou.
O líder socialista questionou também Pedro Passos Coelho sobre “porque é que chumbou a proposta (do PS) com as doze medidas para relançar a economia e o emprego na zona euro e também em Portugal”.
António José seguro desafiou Passos Coelho a juntar-se ao PS e “a outras vozes no interior da União Europeia, e agora também algumas vozes da sua família política, no sentido de dotar a UE de instrumentos e de políticas para dinamizar a economia e apoiar as pequenas e médias empresas”, que criam postos de trabalho e riqueza.
“Quando nos dizem que é impossível acrescentar uma adenda ao Tratado Europeu, eu respondo-lhes: o que é impossível é os portugueses continuarem com o nível de desemprego a que estamos a assistir. O que é impossível é os portugueses continuarem a aguentar tantos sacrifícios sem verem um sentido para os sacrifícios que estão a fazer”, considerou.
António José Seguro lembrou que o Governo previa, quando apresentou o Orçamento de Estado para 2012, que a economia “cairia 2,8 por cento, o mês passado veio falar em menos três por cento” e agora, segundo a nova previsão, pode cair ainda mais do que estava previsto.