A criação dos mega-agrupamentos justifica-se com a conjuntura económica que se vive no país?
Julgo que é mais uma medida economicista. O país está com problemas económicos, o orçamento é exíguo para chegar a tudo, e, por conseguinte, o Governo está a tentar poupar algum dinheiro. Segundo consta, é uma das medidas da Troika. Este processo poderá fazer sentido, mas faseadamente, lentamente, que devia começar por mega-agrupar aquelas situações mais óbvias.
Como é que vão ficar organizadas as escolas da Figueira da Foz?
O Conselho Municipal de Educação aprovou uma proposta que é fazer um mega-agrupamento com o Agrupamento de Escolas de Buarcos e com a Escola Secundária Bernardino Machado e juntar a Escola Secundária Cristina Torres com o Agrupamento de Escolas de Alhadas. Mas entendo que deviam estar envolvidas todas as escolas. Acabaram por constituir dois mega-agrupamentos com quatro escolas e deixaram três escolas sozinhas.
Há escolas secundárias a mais na Figueira da Foz (três), atendendo à acentuada descida do número de alunos?
Essa é uma questão a discutir, eventualmente. Já houve quem defendesse, por exemplo, o encerramento da Escola Bernardino Machado e quem defendesse o contrário. Mas a decisão foi a de manter a escola aberta. Trata-se de uma escola com 123 anos de existência, com uma grande história e com um futuro (por lecionar cursos técnicos).
Concorda com a decisão de integrar o Centro Escolar S. Julião/Tavarede no Agrupamento da Zona Urbana?
O novo centro escolar é uma mais-valia para o concelho. Talvez seja demasiado grande (poderá comportar até 450 alunos). Por decisão superior, foi atribuído ao Agrupamento da Zona Urbana. Não concordo e manifestei a minha discordância em todas as reuniões. O Agrupamento de Buarcos tinha imensas escolas do 1.º Ciclo e ficou com três (as outras foram encerradas).
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra em www.asbeiras.pt, a partir das 19H30 de hoje, e no programa “Clube Privado” da Foz do Mondego Rádio (99.1FM), às 19H00 de hoje e de amanhã e às 22H00 de domingo.
