O presidente da Unicer apelou hoje à revisão da taxa máxima de IVA na restauração já no próximo Orçamento de Estado (OE), depois de identificar quebras nos consumos que chegam aos 20 por cento.
Segundo reconheceu António Pires de Lima, a Unicer regista quebras no consumo “fora de casa”, ou seja na restauração e hotelaria, em 2012, “superiores a 10 por cento, em alguns segmentos até a 20 por cento”.
“O que espero é que o Governo, ao longo de 2012, vá monitorizando a forma como está a evoluir a situação de crise no canal da restauração e que pondere, quando tiver que discutir e aprovar o OE para 2013, se faz sentido manter o IVA máximo na restauração”, apontou.
O presidente da Comissão Executiva da Unicer sublinhou que a subida do IVA de 13 para 23 por cento na restauração é uma medida “com consequências mais negativas do que positivas, até na arrecadação de receita fiscal”.
“Faço esse apelo enquanto presidente de uma empresa portuguesa que tem muito da sua vida e da sua sustentabilidade dependente do canal da restauração. Por isso gostaria que o Governo ponderasse bem a eficácia desta medida, porque temo que no final as receitas fiscais sejam menores do que quando a taxa de IVA era intermédia, de 13 por cento”, disse ainda.