O defesa sérvio Milos Obradovic rescindiu unilateralmente contrato com a União de Leiria devido a ordenados em atraso, alegando o futebolista ter ficado sem dinheiro para a própria alimentação, anunciou hoje o Sindicato dos Jogadores.
A rescisão foi anunciada pelo Sindicado dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), que apoia o atleta no processo de cessação do vínculo.
“Recebemos muitas promessas, mas a verdade é que continua tudo na mesma. A minha situação tornou-se insustentável, fiquei sem dinheiro para comer e tive de mandar a minha mulher e filho de volta para a Sérvia”, disse Obradovic, citado pelo SJPF.
Segundo o sérvio, o presidente da SAD, João Bartolomeu, comprometeu-se diversas vezes a resolver o problema, mas a solução não apareceu e a saída foi a rescisão unilateral.
Obradovic dá a entender que a situação desportiva da União de Leiria, que ocupa o 15.º lugar na Liga, se explica também pela pressão a que o plantel está sujeito, com vários jogadores com diversos meses de ordenados em atraso:
“O ambiente não pode ser o melhor, nota-se que existe tensão e é difícil manter a serenidade quando nos deparamos com problemas desta gravidade. Existem casos de jogadores com três e quatro meses em atraso”.
O presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, considera o caso de Obradovic “inaceitável”, enquadrando-o como “uma atitude negligente” e “autêntico despudor e má-fé” da parte da União de Leiria em relação à “parte mais frágil da relação laboral: o jogador. E consequentemente para a sua família”, sublinha.