Uma trabalhadora da fábrica de confeções Zendel, no Tortosendo, Covilhã, apresentou queixa na GNR por alegada agressão por parte do patrão, adiantou hoje à agência Lusa o presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), Luís Garra.
Segundo referiu, a trabalhadora das confeções Zendel terá sido “empurrada e magoada num braço, em que sofreu contusões, tendo recebido assistência no Hospital da Covilhã. Isto para além da violência verbal”.
A situação terá acontecido a 19 de março e, segundo Luís Garra, depois de a funcionária “ter mudado de função e de ainda estar no período de adaptação” às novas tarefas, cuja execução não terá agradado ao empregador.
O presidente do STBB refere que as queixas de agressão verbal e intimidação “são vulgares” naquela empresa e este foi o primeiro caso em que teve conhecimento de ser consumada uma agressão física.
O sindicato denuncia ainda a existência de “ritmos de trabalho insuportáveis”, “trabalho suplementar sem pagamento” e “trabalho flexível sem respeitar as regras do Contrato Coletivo de Trabalho”.
Luís Garra defende que a Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) “tem que intervir” neste e noutros casos para por fim a “situações lamentáveis e condenáveis”.
O STBB “tem apresentado queixas à ACT”, dado que lida com outras empresas “em que o clima de intimidação e a pressão psicológica violentam a dignidade das pessoas”, sendo que os últimos casos aconteceram a propósito da greve geral.
Entre outras, “as trabalhadoras ouviam frases por parte dos superiores como esta: se o dia da greve é teu, deixa que depois os outros são meus”.
Apesar das tentativas, ainda não foi possível contactar a empresa de confeções Zendel.
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