O secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, disse hoje que se o protesto das freguesias, anunciado sábado, for “uma manifestação pela manifestação, os portugueses não vão interpretar bem” a iniciativa.
A Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) tem defendido que “a reorganização administrativa é importante, só que tem de se ouvir as populações. Mas as populações têm sido ouvidas”, frisou o governante, lembrando que nos últimos seis meses realizou mais de 60 sessões de esclarecimento em todo o país.
O protesto de rua está marcado para 31 de março em Lisboa, mas Paulo Júlio garante que o governo sempre esteve aberto ao diálogo, “uma atitude que existe desde o primeiro momento e que continua a existir”, lembrando que só com a ANAFRE “foi feita seguramente uma dezena de reuniões”.
O secretário de Estado explicou que “aquilo que é essencial continuar a sublinhar é que esta reorganização administrativa e redução de autarquias não conduzem a nenhuma diminuição do serviço público às populações”.
No sábado, a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) convocou uma manifestação a realizar em Lisboa, a 31 de março, defendendo que esta deve ser vista pelos partidos do Governo e do PS como um sinal de que a reforma administrativa deve ser “profundamente alterada”.
As declarações do secretário de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa foram realizadas à margem de uma iniciativa da Juventude Social-Democrata de Leiria, a “IV Academia de Jovens Autarcas”, que teve início na sexta-feira e termina hoje na Batalha.