O ensino superior em Portugal ainda tem “muito por fazer” no processo de uniformização do ensino superior na Europa, designado por Processo de Bolonha, destacou hoje à Agência Lusa o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia.
A instituição organiza, esta quarta-feira, um encontro nacional intitulado “A Concretização do Processo de Bolonha em Portugal”, em que serão oradores cerca de duas dezenas de representantes de universidades e politécnicos de todo o país.
Para Carlos Maia, o processo deve continuar a ser monitorizado, apesar de “ter terminado, no último ano letivo”, a obrigação legal de as instituições reportarem a sua aplicação.
O presidente do IPCB acredita que esta “é a altura ideal para saber o que todas as instituições fizeram”.
Para Carlos Maia, “muito foi feito”, mas “muito há por fazer”, nomeadamente porque o processo “implica a alteração do método de ensino e aprendizagem, centrando-o no aluno. Ou seja, há mudança de paradigma que leva algum tempo”.
No caso do IPCB, foi criado um grupo coordenador da aplicação do processo, com um elemento por cada escola.
Para aquele responsável, a uniformização avança, mas deve sempre “respeitar as especificidades” de cada instituição e cursos.
Marçal Grilo, Pedro Lourtie e Machado dos Santos são alguns dos especialistas do Processo de Bolonha que irão participar no encontro nacional de quarta-feira, em Castelo Branco.
Estarão ainda representadas sete universidades e catorze instituições politécnicas.