Câmara de Coimbra investe 745 mil euros em sede para a Cena Lusófona

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A Câmara Municipal de Coimbra vai investir cerca de 745 mil euros na recuperação de um edifício, no antigo Colégio das Artes, para aí instalar a sede da Cena Lusófona – Associação Portuguesa para o Intercâmbio Teatral.

“Estamos muito satisfeitos. É o culminar de um longo processo”, declarou à agência Lusa Pedro Rodrigues, gestor da Cena Lusófona, uma associação criada há 16 anos e vocacionada para o intercâmbio com os países de língua portuguesa ao nível das artes cénicas.

A obra será adjudicada na próxima reunião do executivo camarário, amanhã (dia 12), à empresa LUSOCOL, Sociedade Lusa de Construções, Lda, beneficiando a empreitada de um financiamento do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) da ordem dos 75 por cento.

O prazo de execução será de 365 dias, refere uma nota do gabinete do vereador da autarquia responsável pelo pelouro das obras municipais, Paulo Leitão.

A empreitada reporta-se ao projeto de “Reconversão da Ala Central Colégio das Artes – Pátio da Inquisição”, um espaço histórico reconvertido para atividades culturais, onde já estão instalados o Centro de Artes Visuais (CAV) e o Teatro da Cerca de S. Bernardo, sede da companhia teatral A Escola da Noite.

Construído em 1535, o edifício começou por albergar o Colégio de S. Miguel e de Todos os Santos, que funcionou como Colégio das Artes, até ao ano de 1566, altura em que a instituição se transferiu para a Alta da cidade.

O edifício foi então ocupado pelo Tribunal do Santo Oficio, que aí se manteve até ser extinto em 1821. Depois acolheu a instituição Casa dos Pobres e a Cena Lusófona.

Segundo Pedro Rodrigues, a reabilitação permitirá o retorno a um edifício de onde a Cena Lusófona saiu em 2002,para uma sede provisória, arrendada, dada a acentuada degradação e as infiltrações, que punham em causa o seu acervo documental.

Com as novas instalações, será possível conservar e reforçar os serviços que aquela associação presta à comunidade e por à disposição a sua biblioteca e centro de documentação, acrescentou.

No edifício serão criados vários gabinetes, salas de leitura e de trabalho, biblioteca, sala de vídeo, salas de reuniões e uma área de publicações periódicas.

Na nota de imprensa, o vereador Paulo Leitão realça que a configuração de uma sala polivalente no piso zero, com 170 metros quadrados, ficará dependente da escavação arqueológica que irá decorrer durante a obra.

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