A Associação Académica de Coimbra (AAC) está preocupada com a lógica de adequação do ensino superior às necessidades de mercado, contrapondo que o curso universitário não deve ser visto como uma máquina de formação de profissionais especializados.
“Preocupa-nos o discurso orientado para a adequação do Ensino Superior às necessidades do mercado. Não queremos um país sem filósofos, um país sem historiadores, sem pensadores”, refere a direção geral da AAC, nas conclusões dos Estados Gerais, fórum de discussão que terminou hoje em Coimbra.
De acordo com o mesmo documento, que resultou de dois dias de discussão entre dirigentes associativos e representantes de núcleos de estudantes da Universidade de Coimbra “o valor da formação não pode nunca medir-se pela sua taxa de empregabilidade, pois as necessidades do mercado estão longe de corresponder às necessidades reais do nosso país”, refere.