Duas empresárias do setor das madeiras vão investir 600 mil euros na recuperação de nove casas que, na aldeia do Trebilhadouro, em Vale de Cambra, passarão a acolher turismo rural sob a identidade da marca “Aldeia de Portugal“.
Áurea Santos nunca viveu nesse povoado, mas tem nele as suas raízes familiares e visitava-o regularmente ao longo dos anos, pelo que, ao aperceber-se de que as cerca de 20 habitações da aldeia ficaram desabitadas, descobriu nessa a sua principal motivação.
“Investir aqui era a maneira de pormos a aldeia pronta para o turismo, para a preservar e manter a tradição. Isto é bonito, quando o tempo está limpo dá para ver-se a ria de Aveiro e as pessoas que vierem para aqui vão gostar da aldeia como eu”.
Isabel Fonseca, por sua vez, não tinha qualquer ligação pessoal ao Trebilhadouro, mas descobriu o povoado quando procurava uma casa rural a que pudesse aplicar o “prazer do restauro” e acabou por comprar aí uma habitação.
“Entretanto, a Câmara Municipal fez aqui um investimento em infraestruturas e, como achámos que isto podia ser um potencial investimento, adquirimos mais duas casas e avançámos com uma candidatura em simultâneo com a dona Áurea”, explica.
Atualmente, o projeto das duas empresárias envolve nove habitações, cuja recuperação já viu aprovado o financiamento de 60 por cento por parte do PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural.
As obras deverão arrancar em março e ficar concluídas até novembro de 2013, devendo resultar numa transformação que será particularmente evidente no interior das casas.