O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, Filipe Silva, afirma que aumentou o serviço de transporte de doentes e admite a contratação de bombeiros e a aquisição de viaturas.
“Para já estamos no limite e no passado fomos mesmo obrigados a enviar serviços para corporações vizinhas”, revela o responsável.
Um cenário que contrasta com a realidade descrita pelo novo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses que no sábado passado alertou para que o corte no transporte em ambulâncias de doentes não urgentes está a “afligir” as associações de bombeiros, estando muitas em falência técnica, a vender material e a despedir pessoas.
Se em 2010 foram registados 1787 transportes, até 20 de dezembro de 2011 os bombeiros de Figueiró dos Vinhos realizaram 3095 serviços relacionados com o transporte de doentes não urgentes, segundo dados fornecidos pela corporação.
A proibição dos táxis transportarem doentes, a adesão a uma nova plataforma onde são reunidos os serviços de transportes e o número de sócios da Associação Humanitária podem explicar em parte a situação “excecional” que vivem os Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos.
“Temos cerca de 1.200 sócios e praticamos preços vantajosos. Antes a redução do preço para este tipo de serviços andava pelos 30 a 40 por cento, agora – face às mudanças recentes que tivemos de ter em conta – é de 25 por cento, o que é ainda substancial”, sublinha Filipe Silva.
O presidente da associação admite que para assegurar uma resposta mais eficiente “está em cima da mesa adquirir mais equipamentos e contratar mais pessoal”, mas ressalva que o receio de que esta seja uma situação conjuntural ainda não levou os responsáveis a tomarem uma decisão final.