Cegos à descoberta do Museu Machado de Castro

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Uma plateia de maioria cega não é comum, no museu. Mas lá estavam, nesta tarde de quarta-feira (4), no Machado de Castro. Todos conheceram o Criptopórtico da antiga cidade de Aeminium (a cidade romana que deu origem a Coimbra). Antes, porém, passaram longa e demoradamente os dedos por uma maqueta em cortiça que reproduz aquela relíquia do património arqueológico.

A iniciativa resultou de uma colaboração entre a direção do Museu Nacional de Machado de Castro e da delegação de Coimbra da ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal. Simbolicamente, a sessão realizou-se no dia em que se assinalam os 202 anos do nascimento de Louis Braille, o inventor da linguagem tátil que permite a leitura aos invisuais. E foi uma festa, que incluiu um recital de canto, com a voz de Susana China, acompanhada ao piano por um cego, Jorge Gonçalves.

Rosa Esteves, diretora da ACAPO Coimbra, não podia estar mais feliz. Por seu turno, Ana Alcoforado, diretora do museu, assumiu a importância de aprofundar as medidas de inclusão, que conferem à instituição um papel de relevo, no plano da responsabilidade social, mas que servem também para a captação de novos e diferenciados públicos.

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