A Associação do Carnaval de Estarreja (ACE) decidiu não contratar figuras públicas para encarnar o papel de reis nos desfiles deste ano, devido ao corte de 10 por cento no apoio camarário.
“Este ano houve um novo corte no apoio da autarquia e para conseguirmos dar o mesmo subsídio a cada grupo, de forma a que estes mantenham a mesma qualidade a que nos têm habituado, tivemos de prescindir do rei”, disse à Lusa Marcos Tavares, presidente da ACE.
Nos últimos anos, tem sido habitual a participação de figuras públicas nacionais no corso estarrejense: Marina Mota (2011), Mariana Monteiro (2010), José Carlos Pereira e Sónia Araújo (2009), Rita Pereira (2008), Fernando Rocha e Luciana Abreu (2007).
Apesar da ausência de celebridades, este ano, Marcos Tavares acredita que não haverá diminuição de visitantes. “Acho que o público quer realmente ver os grupos do Carnaval de Estarreja”, adiantou o presidente da ACE, assegurando que o carnaval de Estarreja “não irá perder qualidade nem animação”.
Segundo o mesmo responsável, o orçamento do Carnaval de Estarreja deste ano será de 145 mil euros e a autarquia vai apoiar com 31.995 euros, o que representa uma diminuição de 10 por cento, comparativamente com a verba atribuída em 2011, que já tinha sofrido um corte na mesma percentagem.
Tal como na última edição, o subsídio entregue pela associação aos grupos que integram o corso será de 70 euros, por participante, a que acresce uma verba de 20 por cento da bilheteira.
Marcos Tavares adiantou ainda que o preço dos bilhetes para assistir aos desfiles vai manter-se inalterado (cinco euros para peão) e as crianças até aos 12 anos não pagam. “No ano passado as crianças entre os 8 e os 12 pagavam meio bilhete”, adiantou.
Este ano, o cortejo terá 14 grupos (oito grupos apeados e um de passerelle e cinco escolas de samba), acompanhados de 15 carros alegóricos.