Sindicato ferroviário critica obras na estação Coimbra-B e queixa-se ao Governo

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O Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB) contestou as obras em curso na estação Coimbra B, considerando-as “uma trapalhada”, e pediu esclarecimentos ao Governo. Contactada pela Lusa, a REFER (Rede Ferroviária Nacional) recusou pronunciar-se sobre o assunto.

Numa missiva dirigida ao gabinete do primeiro-ministro e ao ministro da Economia e dos Transportes, o sindicato denuncia que as obras “não foram postas em discussão pública” e alerta que as opções seguidas representam um “acréscimo significativo de encargos” para a REFER, “quando é conhecida a falta de dinheiro” por parte da empresa.

Em causa está a beneficiação e alteração da passagem sul de atravessamento da linha ferroviária, em detrimento da passagem norte, ambas “situadas a idênticas distâncias face à gare” – a zona de entrada e recolha de passageiros.

O sindicato sustenta que, no que toca à opção seguida pela REFER, “na zona oposta à gare, o declive é significativo, o que vai implicar a demolição de uma escadaria, que passa a ser substituída por uma rampa”.

E acrescenta que “na passagem norte não é necessária qualquer rampa, nem qualquer obra, uma vez que o acesso, por ser plano, já é acessível aos deficientes”.

“O comentário que se tem ouvido e que traduz o entendimento do SINFB é o de que se inventou uma obra para sustentar empreiteiros”, lê-se na missiva, a que a Lusa teve acesso.

O SINFB pede ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia e dos Transportes que “convoquem os legais representantes para explicitarem em concreto a presente reclamação”.

“Caso a mesma (reclamação) seja considerada pertinente deve ser ordenada uma investigação, com vista ao apuramento de responsabilidades, à eventual existência de atos danosos e sempre com vista a uma maior apreciação e redução de custos”, prossegue a missiva.

O sindicato sublinha que “a conhecida falta de dinheiro por parte da REFER é frequentemente evocada para justificar a inexistência de aumentos salariais e até a verificação de cortes significativos nos rendimentos dos trabalhadores”.

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