2012 – ano de incógnitas!

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Joaquim Valente

Estamos a despedir-nos de 2011, ano “horribilis” para a União Europeia, e já apelidado pelo presidente do Conselho Europeu de ano “mirabillis”, depois de ter passado as últimas semanas a ser desautorizado pela senhora Merkel.

Em todos os países europeus, uns com mais, outros com menos, as dificuldades, e as dívidas soberanas não param de subir, perante a crescente hegemonia da Alemanha.

A Europa em 2011 assistiu quase sem palavras ao aparecimento de diversos conflitos étnicos, religiosos e sociais no mundo árabe, que se julgavam pertencerem a eras passadas.

Como irão evoluir em 2012 esses conflitos?

Em vez da tão falada “Nova Ordem Mundial” estamos a assistir à generalização de novas identidades, em tempos de mudança, para as quais devemos estar preparados e atentos, porque há hoje um desfasamento entre a teoria democrática e os acontecimentos turbulentos, que colocam em perigo a própria identidade da democracia ocidental.

Fala-se que o ano que está prestes a chegar (2012), em Portugal, será o pior ano económico, financeiro e social, de que há memória recente em Portugal.

A economia portuguesa em vez de crescer sofrerá mesmo uma grave contracção, apesar de as exportações neste ano que termina terem tido um bom desempenho, e o cenário do desemprego vai ser dramático, agravando o já depauperado nível de vida dos portugueses.

É certo e sabido que em 2012 o acesso à saúde, à educação, à cultura, à justiça, etc., será muito mais caro e logo difícil, com os aumentos já anunciados. Será que aos portugueses foi explicado o real sentido de todas estas dificuldades? Não podemos deixar de equacionar que os portugueses de hoje não são iguais, em termos sociológicos, aos portugueses dos anos 40 ou 50…

As decisões atentatórias dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos portugueses, a morosidade nos processos administrativos e judiciais, podem ser ultrapassados pela geração presente, assim haja vontade do Governo para tal.

Portugal vai continuar a ser uma Nação livre e congregada em torno do Estado, porque o Povo Português acredita nas suas potencialidades.

Palavras terminadas em “ade”, como competitividade e credibilidade, têm dominado o discurso económico e até político em Portugal, mas atenção, a economia deve escorar-se também na ética e na sociologia e projectar-se para fora de si própria.

Grandes desafios colocam-se a todos em geral, e ao Estado em particular, visando o bem comum dos portugueses. Saberemos nós estar à altura de tantas responsabilidades?

O Ano Novo vem cheio de incógnitas…!

Felicidades para 2012!

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