A Sociedade Portuguesa de Neurologia (SPN) alertou esta quinta-feira (3) para os perigos da substituição de antiepiléticos por medicamentos genéricos, alegando que as flutuações da concentração do fármaco são legais, mas podem conduzir a uma crise.
“Nada temos contra os genéricos, mas numa doença com a particularidade da epilepsia, qualquer flutuação pode conduzir a uma crise epilética”, disse à Agência Lusa o presidente da SPN, Vítor Oliveira.
O neurologista explicou que a lei prevê que, na composição dos genéricos, a concentração do fármaco pode variar entre os 85 e os 120 por cento.
“Numa terapêutica muito precisa como a epilepsia, a flutuação de concentração pode ser suficiente para não controlar as crises”, disse.