Grandeza de Pereira. Miséria de mentalidades

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M. Pignatelli Queiroz

Pereira viveu há pouco um dia especial, o da sua elevação a vila. Merecida. A euforia era grande, a festa condigna, enriquecida com a feira a espraiar-se ao longo da estrada, com ofertas as mais variadas, desde a comidinha fresca e saudável, a roupas, artigos das mais variadas espécies.

Grato a um amigo que me convidara, breve me vi envolvido nas cerimónias oficiais. É que, grata surpresa!, quando cheguei começaram a aparecer tantas caras conhecidas e amigos de há longos anos, dos tempos das casas do povo, mais de 40 anos! Das gloriosas lutas de ANAFRE pelos direitos das freguesias, tendo à frente o grande Homem que há dias recordei, Gonçalves Sapinho, enfim, uma alegria!

Vitalidades deste género devem fazer parar os perigos da proposta da extinção/redução/junção da grande e mais próxima autarquia, única na terra.

Finalmente, uma nota de esclarecimento aos reincidentes nas mentiras visando destruir a Igreja Católica como se tal fosse possível! Repito uma Reunião de Comissão do Trabalho e Segurança Social na X Legislatura com o presidente da União das Misericórdias Portuguesas. Depois de todos terem interpelado o convidado e ouvido as respostas, pedi a palavra. “Sr. Presidente da União, corre por aí que as misericórdias só sobrevivem graças aos 80 ou 90% de subsídios do Estado. Confirma?” O dr. Manuel de Lemos olhou em redor e respondeu breve: “25, o máximo 30%”. Olhei em volta, nem um comentário, e terminou a sessão.

É assim, como com os projectados cortes ao ensino particular. O Estado, com 30%, ainda tornaria mais pobre a esmagadora maioria do povo português. Os que “comem” os 70%, andam por aí, impunes. Pois, e as Santas Casas e a Igreja Católica não são realidades separadas. Aquelas estão em comunhão com esta e o espírito que as anima é o mesmo. Caridade! Igual a “sentir com os outros”.

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