Funcionários públicos de todo o país desceram este sábado a avenida da Liberdade, em Lisboa, gritando palavras de ordem contra as medidas restritivas previstas no Orçamento do Estado para 2012 e de apelo à mobilização para a greve geral.
Ao som de frases como “Orçamento de agressão tem a nossa rejeição”, “Greve geral é fundamental” e “Não e não ao roubo dos subsídios”, os manifestantes seguiram até aos Restauradores onde terminou o protesto com discursos dos líderes sindicais.
À cabeça da manifestação, seguiu uma delegação da Frente Comum (CGTP), seguida da Frente Sindical da Administração Pública (UGT), enquanto o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), também envolvido no protesto, marca a sua presença com enormes balões azuis.
Como é habitual, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, aguardava a manifestação a meio da avenida para manifestar a sua solidariedade para com a luta dos funcionários públicos.
“Os ataques do Governo não são só para os trabalhadores da administração pública, são também para os do setor privado”, disse Jerónimo de Sousa à Agência Lusa, referindo-se às alterações previstas em termos de legislação laboral, nomeadamente ao aumento do horário de trabalho em meia hora por dia.
O líder comunista defendeu que a luta dos trabalhadores é “a grande resposta à ofensiva do Governo” e a próxima greve geral demonstra que “há já uma vitória contra a ideologia da conformidade e da inevitabilidade”.
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