A luta continua nas empresas e na rua!

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Rita Rato

Junto ao portão da empresa, de colete vermelho vestido, um grupo grande de mulheres falava das mais de 8 horas que passam de pé a carregar aos 50 kg de roupa, a esticar e estender, a pinçar e passar, a dobrar e a carregar. Fizeram greve também as trabalhadoras dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH).

Os carros da recolha do lixo em Coimbra não saíram. Os trabalhadores fizeram greve provando da importância do seu trabalho e dos salários de miséria que recebem. Os trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) pararam os autocarros. Pararam mais um dia pela dignidade de uma vida.

Os trabalhadores ferroviários paralisaram comboios e encerraram estações contra a privatização da CP pela defesa dos postos de trabalho. Em Viseu, o Tribunal de Trabalho encerrou; 14 balcões da Caixa Geral de Depósitos tiveram as suas portas fechadas; a Escola Secundária de Carregal do Sal e de Mortágua não abriu portas.

As operárias têxteis da “Carveste”, do Grupo “Paulo de Oliveira”, os operários corticeiros da Amorim aderiram em massa à greve contra os salários de miséria pelo aumento dos salários. Na manifestação durante a tarde, as trabalhadoras das cantinas nas escolas do Centro erguiam um pano onde se lia: “Não aceitamos horários semanais inferiores a 20 horas semanais, pela qualidade das refeições”.

A greve geral convocada pela CGTP-IN foi uma poderosa resposta à maior ofensiva desde os tempos do fascismo. Enfrentando a pressão, a repressão e a chantagem, milhões de trabalhadores abdicaram de um dia do seu salário, para defender a luta contra o agravamento das suas condições de vida e do desastre do país.

Esta jornada de luta foi ainda mais histórica por ter derrotado a ideologia das inevitabilidades, numa firme resposta ao Pacto de Agressão, em defesa dos direitos dos trabalhadores e de um país desenvolvido e soberano. Como se ouvia por todo o país: “A luta continua nas empresas e na rua!”. Vamos a isto.

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