Quem, nesta manhã de segunda-feira (17), passar no Largo da Portagem, em Coimbra, não vai escapar à surpresa: assinalando de forma pouco convencional o Dia Mundial de Luta contra a Pobreza, a Associação Hemisférios Solidários produziu uma instalação com 365 pratos negros, (simbolizando uma refeição por dia) dispostos em labirinto. A intenção é dar resposta à pergunta que se impõe (o que é ser pobre?) e fazê-lo em comunidade. A iniciativa tem a sua abertura simbólica marcada para as 11H30.
Como sublinham os responsáveis pela associação de Coimbra, cujo trabalho tem acontecido sempre com os cidadãos excluídos e marginalizados da cidade – a quem preferem chamar moradores de rua – a instalação de arte participativa “Labirinto: faz xeque-mate à pobreza” pretende alertar consciências e promover as respostas de todos, cidadãos incluídos, para a “ilegalização” da pobreza.
Em termos simbólicos, afirma Eduardo Marques, presidente da associação, esta instalação é a prova do ‘yes we can!’, é a prova da luta por uma causa, da resiliência, do não conformismo, da esperança, da solidariedade”.
Este, refere ainda, “foi um projeto de iguais que falou a linguagem da pobreza, pois não existiu qualquer apoio financeiro para o mesmo apesar de ter sido pedido a grandes empresas de Coimbra, da região e mesmo a algumas empresas nacionais (cotadas em bolsa)”.
Versão completa na edição impressa de 17 de outubro do DIÁRIO AS BEIRAS
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