A defesa de Renato Seabra rejeitou ontem em tribunal que a mãe do jovem português, acusado do homicídio de Carlos Castro em Nova Iorque, seja interrogada por um psiquiatra ao serviço do gabinete do procurador.
“A mãe dele, [Odília Pereirinha] acha que não consegue estar numa sala e responder a perguntas sem se emocionar”, justificou o advogado de Defesa, David Touger, após nova audiência em tribunal do caso do jovem português.
“Ela tem todo o gosto em responder por escrito, dar toda a ajuda que puder ao médico [psiquiatra], em tudo o que ele precisar”, adiantou o advogado, que considerou “absurda” a exigência de entrevista em pessoa.
Depois de ter interrogado o jovem português durante seis horas, repartidas por dois dias, para fazer um relatório psiquiátrico de Seabra, o médico pediu para interrogar também a mãe, e admite ainda um terceiro interrogatório ao jovem.
Esta avaliação deverá contrariar uma outra apresentada pela defesa, que sustenta o argumento de que o jovem português sofria de “doença ou debilidade mental” quando cometeu o crime, e que poderá conduzir a uma sentença mais ligeira.
Se o médico quiser voltar a interrogar Seabra, Touger diz que não levantará qualquer objeção, apesar de isso demorar ainda mais o processo.
O juiz do caso, Charles Solomon, sublinhou em tribunal que nada obriga a mãe de Seabra a sujeitar-se a interrogatório e pediu à procuradora Maxine Rosenthal para determinar junto do médico se possui todos os elementos para entregar o relatório.