As águas e as espécies piscícolas dos rios Paiva e Vouga e de alguns dos seus afluentes estão a ser alvo de um estudo pormenorizado, no âmbito de uma parceria entre várias associações europeias.
“Trata-se de uma parceria que visa a preservação dos rios, da biodiversidade e a partilha de estudos e de conhecimento científico sobre estas matérias”, disse hoje à agência Lusa Guilherme Almeida, presidente da Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), envolvida no projeto comunitário “AARC -Atlantic Aquatic Resource Conservation”.
Segundo o responsável, o estudo, iniciado há poucos meses, vai incidir sobretudo “nas águas e nas espécies piscícolas”, nomeadamente para ver “se é possível a introdução nos rios de algumas espécies de peixes para pesca desportiva”, em resultado de experiências já feitas noutros países europeus.
Para tratar das questões científicas, a ADDLAP estabeleceu protocolos com a Quercus e com a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu.
“Têm experiência nestas áreas e estarão acompanhadas pelos serviços técnicos dos municípios, nomeadamente no que diz respeito ao ambiente e às águas”, explicou Guilherme Almeida, acrescentando que lhes compete “fazer o acompanhamento e partilhar as experiências com os parceiros europeus”.
O projeto iniciou-se há poucos meses, tendo-se realizado “reuniões preliminares para ver quais as zonas onde se ia proceder ao estudo, porque os rios são muito grandes, e a periodicidade” das análises.
“Foi feito todo o trabalho preliminar e agora já estamos na fase de ir ao terreno fazer algumas visitas e algumas análises”, disse.
Em julho, no âmbito da monitorização e avaliação do projeto pela entidade coordenadora europeia, deslocaram-se à região dois investigadores da associação inglesa Westcountry Rivers Trust, chefe de fila do projeto AARC, que assistiram a algumas das ações técnicas que servem de suporte à recolha de dados para a caracterização do território.
O presidente da ADDLAP sublinhou a relevância deste projeto, uma vez que “os rios, as paisagens, as suas margens e os seus afluentes são cada vez mais importantes” para o desenvolvimento dos territórios.