Coimbra

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Luís Santarino

Coimbra, dizem, em Agosto nada acontece.

Resta saber se, durante os outros meses acontece! Mas isso é outra conversa…

Coimbra somos nós. Os que aqui nasceram, os que por aqui se estabeleceram nas mais variadas áreas de actividade, mas também os que nos visitam.

Principalmente para estes, apesar de não me lerem, vai a minha mais profunda consideração e amizade.

Não. Não tem nenhuma segunda leitura, nem é isso que se pretende.

Por vezes esquecemo-nos do quão fundamental é a sua presença.

É determinante uma boa política de comunicação. Não carece de demonstração; é um axioma!

Os cidadãos residentes têm uma enorme responsabilidade. Não me parece sensato criticar as instituições de forma contínua, se não tivermos um comportamento responsável.

Há-de um dia ser legislado – direi eu, porque não? – que os fumadores sejam obrigados a trazer um cinzeiro no bolso para não atirarem as piriscas para o chão. Seria alguma aleivosia? As cidades não agradeceriam?

Não, não sou um furioso anti-tabagista militante, porque também fui um fumador inveterado, e sei o imenso prazer de fumar. Diria mesmo que, se não fizesse mal, era o melhor vício do mundo; entendendo o “vício” como algo de bom!

Há vícios bons, não há?

Sou tempo que a “malta” andava sempre à boleia. Quem é que algum dia “trocou” uma “sanduela de fraqueza” por um maço de cigarros? Ninguém! O cigarro era a nossa melhor companhia. Tinha uma vantagem acrescida; falávamos com ele…e ele não nos respondia! Maravilha. Não ter ninguém a replicar, a dizer disparates!

Mas voltemos ao assunto, antes que eu comece a teorizar e me volte a dar vontade de fumar. Agora que ando, acho que andamos todos bem, para quê voltar ao disparate? Se até com uma boa alimentação, a dormir as horas necessárias, etc, etc, etc, chega sempre a altura de “tirar bilhete” para o “ALÉM”!!!

Os nossos habitantes/visitantes têm o direito de encontrar uma cidade limpa. Nós temos o dever de lhes proporcionar um ou vários dias bem passados. Sem pedras soltas, sem buracos nos passeios, sem as paredes das Igrejas pintadas, sem lixo no chão!

É feio mascar chiclete e cuspir para o chão, acabar de comer as batatas fritas e achar um piadão ao “puto” amachucar a embalagem e dar-lhe um pontapé, comer uma laranja e deitar as cascas para o chão, etc, etc, etc. São tudo actividades lúdicas de grande categoria, eu sei! Mas porque não, por exemplo, jogar “ao pontapé na pedra”, à “cabeçada na parede”? Pode acontecer que sejam actividades mais educativas…por mais dolorosas!

Temos de “nos” agradecer, entre todos, pelo esforço, ou não esforço que fazemos por manter Coimbra como sempre, “linda de morrer”, servindo de estímulo para que os nossos amigos regressem…porque sentem saudades!

Conquistar uma Coimbra diferente é um trabalho, um desígnio de toda uma comunidade. Vale a pena dizer que somos sempre bons e cumpridores, quando na realidade o não somos? Temos defeitos, todos sem excepção. Melhorar a nossa capacidade por efeito de trabalho interior auto avaliativo será, não a melhor, mas a única forma de prestar um melhor serviço à comunidade.

Eu pecador, me confesso; mas prometo melhorar!

Melhoremos!

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