Os investigadores da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco (ESTCB) ambicionam ver 20 por cento da cidade a andar de bicicleta dentro de dez anos.
As ações de sensibilização para o efeito até incluem formação para quem não consegue equilibrar-se sobre duas rodas, revelou à Lusa Rui Alves, docente e investigador da ETSCB, coordenador do projeto Mobilidade Casa-Escola desenvolvido na cidade.
O projeto tem servido desde abril de 2010 para motivar as comunidades das 45 escolas da cidade a deslocarem-se de forma mais eficiente, a pé, de bicicleta, em transportes públicos ou partilhando automóveis.
Os estudos já realizados concluem que 52 por cento das deslocações urbanas diárias são feitas em carro próprio, valor que dispara para 73 por cento nas viagens entre casa e escola.
O trabalho serviu de ponto de partida para uma abordagem global à mobilidade na urbe, em que Rui Alves acredita que a bicicleta “é um transporte com futuro”. Castelo Branco “tem condições excelentes para as bicicletas: a maior parte das vias tem declives baixos, fáceis de vencer”.
A cidade será a primeira em Portugal a assinar a carta internacional da organização Walk 21 de promoção da circulação pedonal e será a segunda cidade do país, a seguir a Lisboa, a assinar uma Carta Municipal de Direitos dos Peões. O projeto Mobilidade Casa-Escola da ESTCB é apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
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