A não reeleição do líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), José Manuel Pureza, nas eleições legislativas de hoje não surpreendeu o sociólogo João Paulo Dias, “atendendo aos resultados eleitorais registados” a nível nacional.
“O BE foi vítima da estratégia de risco que assumiu”, sustentou o professor da Faculdade de Economia de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Sociais.
O distrito de Coimbra, que baixou de dez para nove mandatos, em relação às legislativas de 2009, voltou, de resto, a ser “a imagem eleitoral do país”, afirmou.
“A esquerda foi duplamente penalizada” com a não reeleição de Pureza e a transferência de um deputado do PS para o PSD, acrescentou João Paulo Dias, sublinhando que, como no país, também aqui se regista “uma reconfiguração do voto da esquerda”.
Embora tenha aumentado ligeiramente a sua votação, a CDU voltou a não conseguir eleger um representante por Coimbra.
O CDS voltou a eleger Serpa Oliva, mas o grande vencedor foi o PSD ao aumentar de quatro para cinco eleitos (em relação a 2009), apesar do distrito ter perdido um mandato (em favor de Faro).
Os socialistas, que tradicionalmente alcançam bons resultados em Coimbra, vencendo boa parte das disputas eleitorais, baixaram, em relação às eleições anteriores, de quatro para três deputados.
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